Para mim o pior do cancro
tem sido a tomada de decisões. São opções importantes que vão influenciar a
minha saúde futura e mesmo quiçá, a minha sobrevivência. Fazer ou não a quimioterapia;
deixar que nos façam uma reconstrução imediata usando o músculo dorsal ou pedir
a reconstrução em várias fases recorrendo a um expansor (o que eu fiz); fazer rádio
3D CRT ou IMRT; aceitar ou não a terapia anti-hormonal.
São decisões que apenas me
competem a mim. Para tal tenho de ter o máximo de informação possível sobre os
prós e os contras, sobre todo o processo.
No hospital público onde
estou a ser tratada geralmente não tenho obtido informação suficiente por parte dos médicos. Em
relação à cirurgia, tudo se atrasou semanas porque me apresentaram, em cinco
minutos, a reconstrução usando o músculo dorsal como a melhor opção e eu recusei (fui
atropelada e tenho sérios problemas na zona dorsal). Tive de procurar informação
sobre as técnicas de reconstrução, falar com mulheres que optaram por uma ou
outra (se bem que nalguns casos não tiveram muito a dizer) e ir a consultas de
segunda opinião.
Relativamente ao famigerado
Tamoxifeno continuo a procurar informação e alternativas.
No hospital público usam a técnica
de Radioterapia Conformacional (3D CRT) e no privado propuseram-me a
Radioterapia por Intensidade Modelada (IMRT). E agora? Que fazer? (ver post seguinte).
São muitas decisões a tomar –
fora as outras, as relativas ao trabalho, por exemplo – que nos deixam num
estado de nervos que não beneficia a cura.
É preciso informação para
melhor as tomar.
Não se esqueçam: a decisão
final é sempre vossa, não dos médicos. E notem: o que funcionou para uma amiga,
ou para outras mulheres não funcionará necessariamente para vós.
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