segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Interrogações e decisões difíceis



Para mim o pior do cancro tem sido a tomada de decisões. São opções importantes que vão influenciar a minha saúde futura e mesmo quiçá, a minha sobrevivência. Fazer ou não a quimioterapia; deixar que nos façam uma reconstrução imediata usando o músculo dorsal ou pedir a reconstrução em várias fases recorrendo a um expansor (o que eu fiz); fazer rádio 3D CRT ou IMRT; aceitar ou não a terapia anti-hormonal.
São decisões que apenas me competem a mim. Para tal tenho de ter o máximo de informação possível sobre os prós e os contras, sobre todo o processo.
No hospital público onde estou a ser tratada geralmente não tenho obtido informação suficiente por parte dos médicos. Em relação à cirurgia, tudo se atrasou semanas porque me apresentaram, em cinco minutos, a reconstrução usando o músculo dorsal como a melhor opção e eu recusei (fui atropelada e tenho sérios problemas na zona dorsal). Tive de procurar informação sobre as técnicas de reconstrução, falar com mulheres que optaram por uma ou outra (se bem que nalguns casos não tiveram muito a dizer) e ir a consultas de segunda opinião.
Relativamente ao famigerado Tamoxifeno continuo a procurar informação e alternativas.
No hospital público usam a técnica de Radioterapia Conformacional (3D CRT) e no privado propuseram-me a Radioterapia por Intensidade Modelada (IMRT). E agora? Que fazer? (ver post seguinte).
São muitas decisões a tomar – fora as outras, as relativas ao trabalho, por exemplo – que nos deixam num estado de nervos que não beneficia a cura.
É preciso informação para melhor as tomar.
Não se esqueçam: a decisão final é sempre vossa, não dos médicos. E notem: o que funcionou para uma amiga, ou para outras mulheres não funcionará necessariamente para vós.

Sem comentários:

Enviar um comentário