sexta-feira, 28 de abril de 2017

A revolução da comida

Começa amanhã a Food Revolution Summit, uma conferência sobre a importância da comida na nossa saúde. Como os OGM, os pesticidas, os metais pesados, as hormonas alteram a nossa comida e nos põem doentes e como tratar várias doenças comendo, apenas comendo. Vou tentar assistir online à sessão sobre cancro (se não conseguir as conferências ficam online durante mais 21 horas, felizmente).

https://www.foodrevolutionsummit.org/soon-partner/ttac/?orid=419574&opid=235

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Moringa – planta anti-tumoral fonte de vitaminas e minerais



A moringa ajudou-me a aguentar a quimioterapia.
A oncologista do hospital privado onde fiz o diagnóstico recomendou-me que não tomasse vitaminas durante o tratamento (no hospital público nem se preocuparam com tais questões). No entanto, resolvi consultar um homeopata antes do tratamento e este receitou-me sais de Schussler (que ajudam na formação e manutenção dos ossos, músculos, nervos, etc.) e moringa.
Uma prima de Moçambique (que também já teve uma cancro da mama, bem como a sua filha) diz que nesse país se vende o pó de moringa no mercado, muito barato. Cá, é caro e tenho pensado em comprar sementes para plantar.
A moringa é um arbusto originário dos Himalaias no norte da Índia, que se espalhou pela Ásia, África e outros ambientes tropicais. Em malaio e tamil chama-se «árvore da baqueta». Toda a planta é utilizável, mais no ocidente geralmente consomem-se as sementes e as folhas em pó ou o pó diluído.
No Brasil existe o projecto Moringa para Todos que tem como objectivo promover a distribuição gratuita de sementes de moringa oleifera uma vez que a planta serve para purificação da água e nutrição de populações necessitadas.
A moringa tem 7 vezes mais vitamina C que a laranja, 10 vezes mais vitamina A que a cenoura, 25 vezes mais ferro que o espinafre, 14 vezes mais cálcio que o leite e 15 vezes mais potássio que a banana, como muito bem afirma um anúncio que encontrei. Tem 92 nutrientes e 46 tipos diferentes de anti-oxidantes. Tem vitaminas do complexo B, beta-caroteno, vitamina K, minerais e muita proteína.
Os componentes químicos da moringa tornam-na um aliado para combater vírus, bactérias, a arterioesclerose, as doenças do coração, para reforçar o sistema imunitário e como um poderoso anti-tumoral, tal como demonstrado em vários estudos (este e este, por exemplo) uma vez que induz a apoptose das células nos carcinomas humanos.
Infelizmente o lobby das farmacêuticas não permite que alimentos como este sejam desenvolvidos para tratamento do cancro.
Acredito que a moringa me ajudou durante a quimioterapia. Tomava 30 ml por dia (o dobro da dose normal). Voltei a tomar agora, que estou pior do que durante o tratamento tóxico, mas apenas 15 ml, de manhã antes do pequeno almoço.

A cirurgia e a reconstrução da moda



«Dispa-se (…) Bom então vamos tirar músculo da zona dorsal e colocar aqui à frente… Como !!!! O cabelo ficou-me em pé. Expliquei que fora atropelada e tinha uma dor constante na zona dorsal, precisamente daquele lado, onde as costelas estão saídas, a coluna torta, informação que não tinham no hospital porque nunca me pediram e porque não solicitaram a ficha do médico de família. «Bom então só se usarmos aqui o peitoral… olhe, venha cá daqui a duas semanas». Esta troca deve ter durado quatro ou cinco minutos.
Foi assim a minha consulta de preparação para a cirurgia da mama. Foi então que percebi que era eu que tinha que pesquisar os tipos de reconstrução possível para poder tomar uma decisão e não permitir que me «impingissem» a da moda. 

Mas isso foi o que voltou a acontecer duas semanas depois quando outro cirurgião me atendeu e tentou «vender» a tal da dorsal: «Por ano faço 400 destas e só 40 usando o peitoral». Só que dessa vez, como já tinha feito a minha pesquisa, disse que era mesmo essa minoritária que eu queria, faseada, primeiro um expansor e, depois da radioterapia, a prótese de silicone. Aquela reconstrução que hoje em dia só fazem a mulheres fumadoras ou com outros problemas.

Essa escolha talvez me permitisse evitar o encapsulamento da prótese durante a radioterapia - ou mesmo que acontecesse, poderia ser «consertado» na segunda cirurgia. A uma prima fizeram-lhe a reconstrução usando o latissimus dorsi e após a radioterapia ficou com um encapsulamento, uma fibrose. Há três anos que em uma pedra dura em vez de mama e as hipóteses de reconstrução, agora, são mais complicadas.
Reconstrução usando o latissimus dorsi.


Quanto à cirurgia não havia dúvidas: era a mama toda. Então porque me haviam dito que a quimio poderia reduzir o tumor (de 6 cm!) e que talvez fizessem só uma lumpectomia e bla, bla? Para me convencerem a fazer a quimio? Bom, eu estava mais do que decidida a tirar a mama toda desde o início. Quanto ao mamilo era diferente. Num hospital privado tinham-me dito que durante a operação era feita uma análise ao mamilo para ver se tinha células cancerosas. Se não tivesse, era poupado. Ali, no público, disseram-me que talvez o poupassem mas não me explicaram nada. Quando sai da sala de operações não tinha mamilo.

Os gânglios também foram, uma vez que o gânglio sentinela estava afectado, o que sabia desde a fase de diagnóstico. Depois da análise patológica fiquei a saber que incluindo esse, tinha três gânglios afectados ao todo.

Foi quando me vi confrontada com a necessidade de tomar a decisão relativa à reconstrução, para que não me impusessem a reconstrução da moda, que percebi que era eu que tinha que investigar e que já o devia ter feito. O período de diagnóstico de grande stress (mais por causa do trabalho do que do cancro) seguido dos meses calmos da quimio, sem grandes queixas com muito mar e bons suplementos que me ajudaram a aguentar, dava lugar a um dos meses mais stressantes da minha vida. Tomar decisões sobre algo que vai influenciar profundamente a nossa qualidade de vida futura não é fácil. Por isso fiz o que já devia ter feito e comecei a procurar a informação que o médicos não me davam. E comecei pelas técnicas de reconstrução que resumirei no próximo post.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Desintoxicar

O cinema hoje é aqui.
The Truth About Cancer - Episódio 4 - Your Secret Fountain of Youth. Sobre como desintoxicar o corpo de metais pesados e outras tóxinas com clisteres de café, saunas, morangos e outras coisas não muito complicadas. Para os que já tiveram cancro e os que não querem ter.



Combater a castração química: gravidez depois do cancro



Pedi aos vários oncologistas que me atenderam para não me colocarem em menopausa. Nenhum se preocupou com isso. Alguns entravam no consultório a dizer: «Então já está na menopausa não é?». Porque assumiriam que uma mulher de 50 anos estaria na menopausa quando esta pode acontecer tão tarde quanto os 56 ou 58? Levavam logo com um «Não, não estou, aliás a minha ginecologista diz que tenho uma excelente fertilidade para a minha idade». Sabendo que não tinha filhos, porque não me propuseram formas de preservar a fertilidade e de evitar uma menopausa súbita? Pura discriminação etária.

Com a quimioterapia uma mulher pré-menopausica perde a capacidade de gerar filhos. Os ovócitos são fortemente afectados, a reserva ovárica diminui. Sem ovócitos saudáveis, a menstruação desaparece, geralmente para sempre, se bem que haja excepções. Quanto mais perto a mulher está da sua idade de menopausa, mais probabilidades tem de entrar neste período da vida. E entra subitamente, sem o benefício de uma adaptação ao longo de vários anos.

Durante a quimioterapia comecei a ter dores no ovário direito. A meio do tratamento tive o último período. Até hoje, sete meses depois, não voltou. Recentemente comecei a ganhar peso sem motivo, a perder massa muscular, a ter gordura abdominal, pele seca e sobretudo muitas, muitas dores articulares.
O que fazer para preservar a fertilidade e juventude que a quimio nos tira? Não há nada a fazer a quimio representa a estirilização e a entrada na terceira idade que amenopausa implica. No entanto pode-se tentar preservar a capacidade de ter filhos, que é possível mesmo na menopausa.

1. Supressão ovárica. Envolve a toma de hormonas (os chamados agonistas de GnHR ou gonadotropin releasing agonists) que suprimem a função ovárica, induzindo a menopausa e protegendo assim os óvulos. O medicamento é o goserelin,  nome farmacêutico Zoladex (também se usa o leuprolide, o Lupron) e deve ser injectado uma vez por mês ao longo da quimioterapia. Embora os estudos mostrem que nem sempre este tratamento é efectivo, vale sempre a pena tentar (apesar de as hipóteses de funcionar serem maiores nas mulheres mais novas, estou arrependida de não o ter feito -  a única oncologista que referiu estas injecções por alto, disse-me que não valia a pena porque os resultados não eram cem por centro garantidos). Estas hormonas não devem ser tomadas mais de seis meses porque ao fim desse tempo os ossos começam a enfraquecer.

2- Recolha de óvocitos. Deve ser feita antes da quimioterapia por aquelas que mais tarde queiram engravidar. A recolha envolve uma estimulação hormonal prévia o que pode fazer crescer o tumor quando este é reactivo ao estrogénio e/ou à progesterona.

3- Crio-preservação embrionária. Se houver dador de esperma pode ser feita a fertilização in vitro dos ovócitos recolhidos e os embriões podem ser congelados para futura implantação.

3- Recolha de tecido ovárico. É crio-preservado antes da quimio e mais tarde é implantado para estimular a função ovárica permitindo reverter a menopausa. Sim, leram bem reverter a menopausa (o que eu mais queria neste momento). Mas é sobretudo útil para mulheres mais novas, que ainda tenham muitos óvulos. 



Encontrei bastantes artigos científicos (por ex. este, este e este) sobre a necessidade de preservação da fertilidade das pacientes de cancro que sublinham, logo no seu resumo, que estas não são informadas sobre a questão pelos médicos, embora nalguns países estes até sejam obrigados a fazê-lo por lei (não sei qual o caso em Portugal: a mim não me informaram).
Quanto à gravidez após a quimioterapia parece ser segura para as sobreviventes, segundo uma grande quantidade de estudos e sites especializados. A taxa de recorrência não é alterada pela gravidez. Porém aquelas que têm cancro da mama hormonal têm de considerar a percentagem de risco, pesando toda a informação sobre o seu caso (tipo de cancro, o Ki67, com ou sem gânglios afectados, margens deixadas após retirar tumor etc., toda a  informação que encontram nos posts sobre Diagnóstico).
Porém, se a gravidez não parece alterar a sobrevida, também é certo que muitas mulheres que têm o primeiro filho tardiamente, são sérias candidatas ao cancro da mama. Conheço pessoalmente alguns casos.
Na minha opinião as pacientes de cancro da mama têm de equacionar a relação entre a quimioterapia e a perda de fertilidade/menopausa antecipada e decidir se esse tratamento é realmente necessário no seu caso concreto. Ensaios clínicos como o Mindact (2016), que já aqui referi, concluíram que há um abuso da administração da quimioterapia às pacientes de cancro da mama. Peçam ao médico um teste clínico como o Adjuvant! ou um teste genómico como o MamaPrint. Expliquem que querem preservar a vossa fertilidade ou simplesmente que não querem entrar em menopausa forçada. Mesmo que tenham 50 anos!
Uma amiga descobriu que estava grávida ao mesmo tempo que teve uma recidiva do cancro da mama. Muitas mulheres tratam o cancro da mama durante a gravidez, inclusive com quimioterapia, como essa amiga.
No entanto, continuam a praticar-se horrores: há médicos que fazem um aborto na mesma operação em que fazem a mastectomia, antes de iniciarem a quimioterapia que vai impedir essa mulhere de ter filhos. Vejam, neste fórum, o caso desta mulher de 30 e poucos anos grávida de dez semanas quando soube que tinha cancro. Foi-me relatado por um amigo um outro caso: um médico tentou obrigar a filha grávida de três meses e meio a abortar quando esta descobriu que tinha cancro. Ela recusou-se. Mais tarde foi sujeita a uma mastectomia e hoje ambos estão de saúde, mãe e bébé.
Dar vida quando a morte nos ameaça é uma bênção e algo que não nos devia ser negado.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

A minha dieta



Tenho a certeza se que se não reforçar o meu sistema imunitário poderei ter uma recidiva. Tratar o cancro ou preveni-lo pela via natural é possível. Mas não basta tomar qualquer produto anti-tumoral anunciado na net. É preciso um plano, persistência. Não que tenha que ser difícil, também. Basta comer bem (interessa é saber o quê), tomar alguns suplementos de substâncias que não encontramos na comida e fazer exercício. Se tivermos alguém que nos ajude nesse processo tanto melhor. Eu infelizmente, não encontrei ninguém, dai ter começado esta investigação a solo. Se a minha experiência vos poder ajudar tanto melhor.

Tenho cancro (sim tenho, porque o facto de removerem um tumor não quer dizer que não tenha cancro, uma vez que a causa não foi tomada em conta no tratamento) mas não por comer mal. Talvez abusasse um bocadinho do vinho, de vez em quando, e dos cappucinos quando estava um dia inteiro a viajar e a dar aulas na universidade, mas de resto sempre comi muitos vegetais, pouca carne ou fritos e nenhum açúcar – nunca gostei de doces ou refrigerantes, mesmo em criança.
Assim, mude apenas alguns pequenos aspectos na minha alimentação. Eis o que como:

1. evito carne de vaca e frango por causa das hormonas e, se, uma vez por outra a como num restaurante, favoreço a de animais de caça ou pasto (cabra de chanfana, borrego, galinha do campo e coelho). Porco já não como há anos – o cheiro enjoa-me. Talvez coma carne, três ou quatro vezes por mês.

2. favoreço os peixes pequenos, que terão absorvido menos metais pesados do que os grandes como o atum, espadarte e tubarão, e que são, de qualquer modo, peixes em risco de extinção (um blog sobre o assunto – reparem nos testes feitos nas águas portuguesas -  e as recomendação da Natural Resources Defence Coucil e da FDA). É preferível escolher as anchovas (adoro!) carapau, sardinha, enguias, cavala e outros peixes pequenos que se encontram nas nossas águas.
 Não como peixes de aquacultura que estão carregados de PCBs como a dourada e robalo que nos servem nos restaurantes em Portugal. O salmão é outro que tal, mas de vez em quando compro, uma vez que o selvagem é caro. Na terra da minha mãe, Peniche, como peixe quase todos os dias. Em Lisboa como cerca três de vezes por semana.
 
3. como ovos, de preferência caseiros, e legumes (ervilhas favas, lentilhas, grão, feijão mas evito a polémica soja) para equilibrar, uma vez que como pouca proteína animal.
4. bebo leite de cabra em vez do leite de vaca, cheio de hormonas. O de cabra tem menos lactose e mais vitaminas B6 e A, cálcio, potásio e magnésio. Bebo muito pouco, uma vez que só o ponho no chá preto de manhã (vejam este estudo sobre o leite de cabra e o seu feito protector na hepatocarcinogenesis e esta história de vida). Custa-me 1.99 euros por garrafa. Como um iogurte por dia (natural e de preferência feito em casa com leite de cabra, quando tenho tempo). Como queijo de ovelha e cabra.

5.como duas a três vezes mais fruta e vegetais do que comia antes de saber que tinha cancro. Para além do consumo normal às refeições, faço um batido com metade de cada e bebo ao longo do dia. Há dias em que faço dois batidos, se estiver por casa.
Uso os frutos e vegetais da época mas uso regularmente bróculos e amoras (congelados quando não há frescos) e romãs por causa do ácido elágico, que têm um efeito nos receptores de estrogénio semelhante ao Tamoxifeno, droga que resolvi não tomar. Quando não consigo comer estes vegetais e frutos, suplemento com I3C Índole Carbinol e concentrado de romã. Como pelo menos um limão por dia, porque é altamente alcalinizante.

6. como pão integral ou de centeio e cereais ao pequeno almoço, juntamente com sementes (girassol, papoila, chia, pevides) gérmen de trigo, vários tipos de nozes. Vou variando. Mas como sempre três colheres de sopa de sementes de linhaça moídas, excelentes para prevenção do cancro da mama.

7. uso e abuso das ervas e especiarias. Uso e abuso da erva de São Roberto (cresce nas minhas varandas) e da salsa, excelentes para prevenção mas cuidado com a sálvia. Tento usar, todos os dias, curcuma ou açafrão da Índia, testada e comprovada pelas suas propriedades anti-inflamatórias (as minhas pobres articulações agradecem) e anti-cancerígenas.

8. bebo vinho tinto uma a duas vezes por semana mas evito passar dos dois copos. Bebo cerveja preta de vez em quando. Não bebo outras bebidas alcoólicas e sobretudo evito bebidas brancas. Bebo chá preto indiano – sei que o verde é mais anti-oxidante mas não me agrada tanto, por isso só bebo de vez em quando. Bebo infusões, nomeadamente a mistura de urtiga, calêndula e milfolhada.

Como vêem não é difícil comer para prevenir o cancro da mama.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Otto Warburg: cancro e alimentação acidificante


Em 1931 o químico e médico Otto Heinrich Warburg ganhou o Prémio Nobel (Fisiologia) por ter descoberto que um meio ácido cria condições para o desenvolvimento das células cancerosas. Warburg investigou o metabolismo dos tumores e a respiração das células e afirmou que a principal causa do cancro é a deficiência de oxigénio nas células, que cria um meio ácido no corpo. As células cancerosas são anaeróbicas e não podem sobreviver na presença de altos níveis de oxigénio como os que se encontram num corpo alcalinizado. Um PH (hidrogénio potencial) acima dos 7.365, ou seja, alcalino, significa uma maior concentração de moléculas de oxigénio; um PH baixo, ácido, significa menores concentrações de oxigénio, oxigénio necessário às células saudáveis.

Na obra O Metabolismo dos Tumores (1926) Warburg demonstrou que todos os cancros são caracterizados por acidose e hipoxia (falta de oxigénio). Uma célula privada de oxigénio pode tornar-se cancerosa. A hipótese principal de Warburg era de que a causa do cancro é a substituição da respiração de oxigénio nas células normais pela fermentação de açucares, ou seja, de que as células tumorais geram energia através da decomposição da glicose.



Portanto, não é novidade que certos alimentos causam um meio ácido propício ao desenvolvimento das células cancerosas.

Só me pergunto porque é que 80 anos depois esta informação não é divulgada insistentemente ao público em geral e sobretudo aos pacientes de cancro.

Entretanto a hipótese de Warburg parece ter sido «ultrapassada» pelo conceito actual de que o cancro é causado por mutações nos oncogenes, ou seja, de que as células cancerígenas são aquelas que perderam a capacidade de apoptose (morte celular) reproduzindo-se indefinidamente. As mudanças metabólicas referidas por Warburg seriam apenas efeitos secundários dessas mutações e não a causa. E no entanto, está provado estatisticamente que os países que têm dietas acidificantes têm mais incidência de cancro….

Esta recusa de integrar a teoria de Otto Warburg na prevenção e tratamento do cancro tem muito a ver com a atitude geral dos oncologistas de hoje em relação à dieta. Aliás, aquele cientista foi desacreditado por insistir na importância da alimentação e até apoiou Josef M. Issels, um médico que promoveu um tratamento para o cancro baseado no reforço do sistema imunitário e que foi perseguido e condenado em tribunal. Rockefeller (que instigou a farmacêutica baseada nos petroquímicos através do subsídio às universidade de medicina que a promoviam) tentou «comprar» Warburg provavelmente para o calar, mas este não chegou a ir para os EUA.




Se refiro tudo isto é para defender algo que não é muito complicado de levar àvante e que devia ser altamente difundido como prevenção do cancro: evitarmos alimentos acidificantes e investirmos nos alcalinizantes. 
O açúcar, de que já aqui falámos, é altamente acidificante. E não falo só daquele granulado branco que alguns gostam de meter no café – há açucares escondidos (aconselho-vos esta reportagem sobre o assunto).

Outros alimentos acidificantes são os cereais e farinhas refinadas (como as que se usam nos bolos e doces), os refrigerantes, os alimentos processados em geral (incluindo chouriços, enlatados e pré-cozinhados), o álcool e o café.

Para mim, os produtos alimentares para crianças são os piores: podem não ter lactose ou glúten (p que na realidade só afecta os intolerantes) mas têm açucares, por vezes escondidos. Fico com vontade de chamar a Protecção de Menores quando vejo os pais a dar Coca-Cola e afins às crianças…
Fico também impressionada quando na fila do supermercado apanho à minha frente jovens de 20 ou 30 anos: tudo o que colocam na passadeira está embrulhado em plásticos coloridos e nada pode ser considerado comida a sério.

As mulheres que têm ou tiveram cancro da mama têm de ter cuidados acrescidos, sobretudo aquelas cujo tumor é hormonal, ER+. A carne e o leite dos animais criados com hormonas de crescimento (vacas, porcos, frangos) e a soja são alimentos a evitar. Mas sobre isso falaremos num post específico.




Os alimentos alcalinizantes de que devemos usar e abusar são as nozes, os vegetais e os frutos. Destes, tenho que salientar o limão. O que custa beber o sumo de um limão por dia, de manhã com água morna ou misturado nos batidos ou a temperar a comida? Nada. E ainda ajuda a perder peso (tem a fibra pectina), é diurético, promove a hidratação do sistema linfático (através das suprarenais) e clarifica a pele. Já diziam os antigos «quem tem um limoeiro tem uma farmácia à porta». Eu tenho uma na varanda. Só que esta não vende drogas…

PS: Sobre a questão da dieta acidificante versus cancro encontrei uma revisão de literatura interessante que remete para variada investigação recente sobre o tema aqui.

sábado, 1 de abril de 2017

O que é o cancro

Estou a ver o episódio 2 de A Verdade sobre o Cancro de Ty Bolinger.
Excelente a explicar o que é o cancro. 
Estou cada vez mais consciente de que os tratamentos a que me sujeitaram não trataram o cancro, só o seu resultado, o tumor. É apenas com isso que a oncologia se preocupa: é uma ciência de tumores.
E a causa? Os médicos nem tentam averiguar a causa. Quando lhes explico o contexto em que o meu tumor se desenvolveu - excisão de miomas, medicação com estrogénios, numa «cama» de stress, não se mostram minimamente interessados.
Claro que erradicar o tumor não acaba com o cancro. Daí as metastases. É preciso que nos tratemos pela via natural, pela alimentação. E no fundo não é muito complicado.



Cancro da mama estádio IV tratado pela via natural

Um exemplo de como o cancro da mama pode ser tratado pela via natural. A entrevistada da Chris Wark foi diagnosticada com cancro da mama estádio IV.
Se, em vez de estar preocupada com o meu trabalho stressante e tóxico na altura em que descobri que tinha cancro, tivesse iniciado a pesquisa que agora levo a cabo, teria tentado esta via.
De qualquer modo a informação não está perdida - é importante, como prevenção, seguirmos a via natural.
Brevemente colocarei o que como, que suplementos tomo e o que evito.



O poder das emoções


Hoje o cinema é aqui. Mais um episódio de The Truth About Cancer.
Episode 5: Cancer Causing Blindspots, Toxic Vaccines, Homeopathy & The Power of Emotion.