A série The Truth About Pet Cancer continua, com os episódios 3 e 4 disponiveis online.
Se, mais uma vez a refiro aqui, é porque muitos dos testemunhos dos cientistas e médicos que foram recolhidos interessam não só aos donos (agora diz-se «pais», LOL) de animais mas também a nós humanos que tentamos evitar o cancro ou curá-lo.
Sempre que vou ao veterinário este reforça que devo dar apenas secos aos meus gatos e aconselha sempre as mesmas marcas. Trata-se de algo chamado, em inglês, brand loyalty, a fidelidade a uma marca que começa a sercultivada pelas coorporações que produzem comida animal junto dos veterinários quando estes ainda são jovens, na faculdade. E funciona muito bem, sobretudo porque os veterinários - tal como os médicos - não estudam nutrição, o que os poderia ajudar a perceber que a melhor alimentação para os bichos é a que se assemelha ao que comeriam em estado selvagem ou ao que os seus congéneres, lobos e gatos selvagens, caçam. A dieta crua para cães e gatos (dei receita no último post) é uma opção mais saudável.
Uma questão essencial abordada neste episódio é a relação entre o cancro e os quimicos presentes nos tratamentos para as pulgas e carraças que lhes metemos no pelo ou os fazemos ingerir em forma de comprimidos. Uma alternativa é o D-limolene que podemos utilizar misturando óleo essencial de citrinos (toranja, laranja, limão) com água e pulverizando os bichos de seguida.
Há também produtos homeopáticos para o efeito.
O episódio 3 vale sobretudo pela informação sobre um estudo científico que está a ser conduzido na Dinamarca sobre a ração e a sua relação com doenças caninas (começa ao minuto 19): a homocistina (relacionada com algumas doenças) aumenta com a comida seca, por comparação com a dieta crua.
A herança epigenética dos nossos animais é uma preocupação crescente - o cancro não é transmitido ou herdado mas se não alteramos a sua dieta, as novas gerações serão ainda mais propensas a esta doença uma vez que as toxinas afectam a expressão do ADN.
É o nosso exposoma que determina a nossa saúde e o mesmo acontece com o exposoma dos nossos bichos; sim, porque é a totalidade das exposições, externas e internas, a que somos sujeitos (ambiente, clima, stress, contaminantes, exercío físico, alimentação, hormonas, stress oxidativo, inflamação) que vai determinar o nosso risco de cancro.
No episódio 4 desta série é introduzido um tema que, para mim, é novidade: a cetose. Esta é produzida pelo fígado quando há uma dieta baixa em carbohidratos (por exemplo, em jejum), criando um estado metabólico que aumenta a função cognitiva, as defesas, a capacidade anti-inflamatória e, como resultado, a capacidade do corpo lutar contra o cancro . Os animais quando estão doentes deixam de comer e, muitas vezes, ao fim de algum tempo, recuperam. Nesses casos o processo da cetose ajuda-os a ultrapassar a crise. A dieta cetogénica está a ser muito utilizada para tratar animais com cancro.
Temos ainda de nos preocupar com o meio ambiente em que vivem os nossos queridos de quatro patas: ruas poluídas pelo dióxido de carbono dos automóveis, jardins limpos com glifosato e plantados com fertilizantes, tapetes lavados com detergentes cheios de ftalatos (os mesmos que espalhamos na nossa pele através do cheiroso creme hidratante), brinquedos de plástico com bisfenol A e a radiação emitida pelo wifi da casa, pelos computadores e pelos telemóveis.
E como tratar aqueles que já têm cancro? Bom, com ... cannabis. Os efeitos curativos desta planta são há muito conhecidos (a Food and Drug Administration já admite que cura o cancro) mas infelizmente o estigma a que está associada impede a sua utilização generalizada.
A cannabis tem um efeito citotóxico (como a quimioterapia): interrompe a proliferação celular e como pára a angiogenese, a criação de novas células, impede o crescimento de novos vasos sanguineos que alimentam o tumor, impedindo também o crescimento de novos tumores e metástases. Este agente pró-apoptose (morte celular, já aqui explicada) tem sido empregue no tratamento de animais com bastante sucesso. É ainda um excelente adjuvante para os pacientes que escolhem o tratamento tradicional com quimioterapia e radiação.
Se, mais uma vez a refiro aqui, é porque muitos dos testemunhos dos cientistas e médicos que foram recolhidos interessam não só aos donos (agora diz-se «pais», LOL) de animais mas também a nós humanos que tentamos evitar o cancro ou curá-lo.
Sempre que vou ao veterinário este reforça que devo dar apenas secos aos meus gatos e aconselha sempre as mesmas marcas. Trata-se de algo chamado, em inglês, brand loyalty, a fidelidade a uma marca que começa a sercultivada pelas coorporações que produzem comida animal junto dos veterinários quando estes ainda são jovens, na faculdade. E funciona muito bem, sobretudo porque os veterinários - tal como os médicos - não estudam nutrição, o que os poderia ajudar a perceber que a melhor alimentação para os bichos é a que se assemelha ao que comeriam em estado selvagem ou ao que os seus congéneres, lobos e gatos selvagens, caçam. A dieta crua para cães e gatos (dei receita no último post) é uma opção mais saudável.
Os meus bichos: Ziggy e Mimi. |
Há também produtos homeopáticos para o efeito.
O episódio 3 vale sobretudo pela informação sobre um estudo científico que está a ser conduzido na Dinamarca sobre a ração e a sua relação com doenças caninas (começa ao minuto 19): a homocistina (relacionada com algumas doenças) aumenta com a comida seca, por comparação com a dieta crua.
A herança epigenética dos nossos animais é uma preocupação crescente - o cancro não é transmitido ou herdado mas se não alteramos a sua dieta, as novas gerações serão ainda mais propensas a esta doença uma vez que as toxinas afectam a expressão do ADN.
É o nosso exposoma que determina a nossa saúde e o mesmo acontece com o exposoma dos nossos bichos; sim, porque é a totalidade das exposições, externas e internas, a que somos sujeitos (ambiente, clima, stress, contaminantes, exercío físico, alimentação, hormonas, stress oxidativo, inflamação) que vai determinar o nosso risco de cancro.
Castrar os animais cedo demais impede-os de usufruir do efeito protector das glândulas. Castrei os meus aos seis meses - sobretudo para ele, foi muito cedo e ainda por cima ficou com uma infecção. |
No episódio 4 desta série é introduzido um tema que, para mim, é novidade: a cetose. Esta é produzida pelo fígado quando há uma dieta baixa em carbohidratos (por exemplo, em jejum), criando um estado metabólico que aumenta a função cognitiva, as defesas, a capacidade anti-inflamatória e, como resultado, a capacidade do corpo lutar contra o cancro . Os animais quando estão doentes deixam de comer e, muitas vezes, ao fim de algum tempo, recuperam. Nesses casos o processo da cetose ajuda-os a ultrapassar a crise. A dieta cetogénica está a ser muito utilizada para tratar animais com cancro.
Temos ainda de nos preocupar com o meio ambiente em que vivem os nossos queridos de quatro patas: ruas poluídas pelo dióxido de carbono dos automóveis, jardins limpos com glifosato e plantados com fertilizantes, tapetes lavados com detergentes cheios de ftalatos (os mesmos que espalhamos na nossa pele através do cheiroso creme hidratante), brinquedos de plástico com bisfenol A e a radiação emitida pelo wifi da casa, pelos computadores e pelos telemóveis.
A Mimi só quer comer ração.Procuro uma dieta natural de que goste e que seja económica. |
A cannabis tem um efeito citotóxico (como a quimioterapia): interrompe a proliferação celular e como pára a angiogenese, a criação de novas células, impede o crescimento de novos vasos sanguineos que alimentam o tumor, impedindo também o crescimento de novos tumores e metástases. Este agente pró-apoptose (morte celular, já aqui explicada) tem sido empregue no tratamento de animais com bastante sucesso. É ainda um excelente adjuvante para os pacientes que escolhem o tratamento tradicional com quimioterapia e radiação.